Elaboração Coletiva
“No novo tempo, apesar dos perigos, da força mais bruta, da noite que assusta, estamos na luta” (Ivan Lins)
Nos próximos dias 05, 06 e 07 de janeiro delegados e delegadas da Juventude do PT de todo o Brasil se reunirão em Brasília para debater aquilo que será o centro da luta política no país em 2010: a garantia da continuidade e aprofundamento da Revolução Democrática, ou seja, a vitória política e eleitoral da companheira Dilma Rousseff.
No Encontro Nacional da JPT, os jovens petistas estão sendo chamados a discutir e formular sobre o papel da juventude brasileira no forte processo de desenvolvimento pelo qual passa o país.
Representando uma significativa parcela dos brasileiro – mais de 50 milhões – os jovens são estratégicos para o projeto do PT. A disputa político-ideológica deste setor é essencial para o nosso sucesso eleitoral, mas principalmente, para ampliação da base social que sustenta o projeto democrático e popular.
Para que esta disputa seja efetiva, temos o desafio de conhecer profundamente a realidade dos jovens brasileiros: quem são, como vivem, onde estão, o que fazem, quais são seus anseios e angústias. E a partir desta realidade, sermos capazes de apresentar propostas que mobilizem e alterem verdadeiramente a vida da juventude brasileira.
Para nós, isso passa por localizar o lugar da juventude no interior da luta de classes e permitir aos filhos e filhas dos trabalhadores as mesmas condições e oportunidades que os mais abastados tem de viver plenamente a sua juventude.
É isso que está em jogo em 2010 e é nesta disputa que a energia militante dos jovens socialistas devem estar voltadas nos próximos meses.
O Brasil em 2010
O governo Lula deu passos importantes para enfrentar a chaga da desigualdade. Se a crise tivesse encontrado o Brasil sob hegemonia das forças neoliberais, iríamos viver outra fase de recessão prolongada, com seus pesados custos pagos pelos pobres. Nossa atuação impediu que isso acontecesse. Assim, podemos retomar a ampliação da luta pela igualdade e pela democracia.
2010 pode significar o prosseguir no caminho aberto por Lula, ou a volta à selvageria neoliberal. A tarefa central é eleger a companheira Dilma Roussef presidente com um programa de esquerda para o Brasil. Em torno desse programa devemos construir alianças que garantam a vitória e, ao mesmo tempo, o avanço da revolução democrática, na perspectiva do socialismo democrático.
É fundamental propor aos movimentos sociais o debate sobre os rumos do Brasil. O processo de construção do programa e das alternativas políticas para a construção da vitória em 2010 e para a construção de hegemonia na sociedade passa necessariamente por uma ampliação do diálogo e solidariedade na construção de um projeto comum com os movimentos.
O futuro governo, para implementar um programa de esquerda, necessitará de mais apoio político, social e parlamentar. E mais participação popular.
Já antes de nossa vitória em 2002, o PT, a CUT, os movimentos sociais, estiveram no front da resistência à política neoliberal. A vitória de Lula e do PT em 2002 e 2006 sobre os agentes do neoliberalismo no Brasil, comandados pelo PSDB, levou o país a trilhar um novo caminho de desenvolvimento com distribuição de renda, inclusão social, mais democracia, e fortalecimento do papel do Estado frente às corporações privadas e ao mercado que elas operam.
Esse novo curso foi decisivo para o Brasil enfrentar e superar a crise, e para abrir novos caminhos para o futuro. Aos quais se soma agora o petróleo do pré-sal, que pode alavancar com mais rapidez a recuperação e a expansão do crescimento. Como disse o presidente Lula, em seu discurso à Nação na véspera do 7 de Setembro, a riqueza contida no pré-sal tem forte impacto econômico a ponto de se poder falar em uma nova independência. E só pode se constituir nesse sentido porque os frutos dessa riqueza serão canalizados para o bem-estar do povo brasileiro.
Esse novo curso de desenvolvimento deve vir acompanhado de mais direitos à participação nos frutos do progresso material. É fundamental retomar a redução das taxas de juros, elevar o investimento público e privado, dar maior velocidade à criação de emprego, aprofundar a política de aumento do salário-minimo, conquistar a jornada de 40 horas semanais, consolidar e avançar as conquistas sociais.
O principal adversário é o grande capital financeiro, politicamente organizado pelo PSDB. É decisivo reduzir seu poder sobre a economia, anulando, entre outras medidas, a autonomia concedida ao Banco Central. O Brasil precisa de um Conselho de Política Monetária e de um Conselho Monetário Nacional republicanos e democráticos, comprometidos com o atendimento das necessidades do povo.
O novo modelo de desenvolvimento precisa ser de produção limpa e ambientalmente sustentável. O papel da região amazônica deve superar a tradicional condição de fornecedora de matérias-primas e energia.
A construção de um novo modelo de desenvolvimento rural com o fortalecimento da agricultura familiar deve se constituir no veio principal de um novo modo de desenvolver o Brasil rural. O agronegócio deve ser submetido a uma regulação pública maior. Cabe avançar no desafio histórico de vencer o latifúndio, alterando a legislação da propriedade e o índice de produtividade.
A participação dos trabalhadores e do movimento sindical deve ser estimulada e defendida pelo PT. Tanto em suas causas específicas como no seu papel de direcionamento dos rumos do país sua presença é fundamental.
Se muito avançamos na reorientação da economia e na conquista de novos direitos sociais, é preciso avançar agora na democracia.
O PT deve lutar pela democracia participativa. Essa luta está nas conferências das políticas públicas, no diálogo permanente com os movimentos sociais e na construção de processos de participação popular, como o orçamento participativo, uma prática vitoriosa em várias de nossas administrações estaduais e municipais. A democracia participativa significa mais legitimidade e mais coerência nas alianças políticas.
O PT deve lutar pela reforma política. As tentativas de reformar o sistema político através do parlamento têm encontrado barreiras intransponíveis, porque têm sido feitas sem mobilização popular e porque é ingenuidade esperar uma auto-reforma democrática do parlamento. A crise que assolou o Senado atualizou de modo dramático esse quadro. O PT precisa retomar o combate aos privilégios, vantagens, irregularidades e falta de transparência. Os debates sobre o unicameralismo ou sobre as restrições ao poder revisor do Senado também devem ser retomados. Faz-se necessária a convocação de uma Constituinte exclusiva para a reforma política. Nenhuma grande mudança se dá apenas pelo governo ou pelo Congresso.
Essa luta também passa a exigir novos deslocamentos na correlação de forças na sociedade e só pode ser vitoriosa em um processo de mobilização social e de retomada do protagonismo do PT na luta política. Essa é a questão decisiva que está em jogo na luta pelo 3º mandato presidencial dirigido pelo PT.
Nesse sentido, a política de alianças do PT deve estar pautada pelos interesses da classe trabalhadora e dos historicamente excluídos e para o avanço da revolução democrática. Os partidos de esquerda, populares e progressistas são nossos parceiros prioritários e o alargamento de alianças deve ser condicionado a um programa democrático e popular.
A candidatura da companheira Dilma à presidência da República deve assumir o compromisso com um programa feminista, anti-racista, anti-homofóbico e ecológico para o Brasil. Um programa com sentido estratégico de construção de igualdade que passa pela libertação das mulheres, por política de reparação para o povo negro e pela defesa dos direitos homoafetivos.
O principal desafio a ser enfrentado pela candidata do PT, Dilma Roussef, em um próximo governo democrático e popular, será o de aprofundar a combinação entre desenvolvimento econômico sustentável ambientalmente, transformação social e democracia participativa.
Portanto, é preciso um programa ainda mais avançado na ótica dos/as trabalhadores/as, que aprofunde a distribuição de renda, que amplie o controle público sobre a economia e os meios de comunicação, crie mecanismos de participação popular efetivo e que realize reformas estruturais no Estado como a reforma agrária, tributária e política.
Juventude e Governo Lula
No Brasil, as primeiras experiências de políticas públicas com recorte juvenil se dão de forma descentralizadas nas esferas estaduais e municipais, a partir dos anos 90. Em sua grande maioria, aconteceram em um contexto de resistência ao projeto neoliberal, aplicado à época pelo governo FHC, que, ao contrário de promover a institucionalização dos direitos dos jovens, aumentou significativamente o seu grau de exclusão social, através do enfraquecimento do Estado como indutor do desenvolvimento.
É somente no Governo Lula que se introduziram políticas públicas de juventude em âmbito federal. O Brasil passa então a compreender a existência de uma condição juvenil, diferenciada de outras faixas etárias da população e altamente impactada pelos problemas que a sociedade enfrenta.
Posteriormente, em 2005, através da reivindicação de diversos movimentos juvenis, de organizações da sociedade civil e de iniciativas do Poder Legislativo, foram criados a Secretaria Nacional de Juventude (SNJ) e o Conselho Nacional de Juventude (CONJUVE), inseridos na instituição da Política Nacional de Juventude.
Para além da política dirigida pela SNJ, foram desenvolvidas também diversas ações de caráter mais amplo, mas com forte impacto sobre a juventude, em especial na área da educação, como o Plano de Desenvolvimento da Educação, a criação do FUNDEB, a expansão do ensino universitário público e dos CEFETs e o PROUNI.
Combinadas com as políticas de transferência de renda, estas ações transformaram a realidade do povo brasileiro e reorganizaram o papel do Estado na afirmação dos direitos sociais. Foi possível reduzir a fome, ampliar o acesso ao ensino superior e incluir um contingente significativo de jovens no mercado formal de trabalho, ainda que com menores salários.
Contudo, é preciso aprofundar as mudanças, combinando políticas universais com ações afirmativas, de modo a propiciar ao conjunto da juventude brasileira acesso integral à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer e ao mercado formal de trabalho.
Apesar dos avanços, é fácil perceber a fragilidade da agenda da juventude no interior do Governo e no Congresso Nacional. É preciso que tenhamos um fortalecimento da SNJ, de modo a dar-lhe capacidade de intervenção mais efetiva na transversalização e coordenação das políticas de juventude no interior dos Ministérios, bem como de fomentar a capilarização das Políticas de Juventude nos estados e municípios.
Quanto ao CONJUVE, ainda temos como desafio democratizar o processo de definição dos conselheiros, envolvendo mais jovens e entidades nos seus debates e processos decisórios. Uma das formas seria o de vincular a eleição dos conselheiros ao processo das Conferências da Juventude, o que geraria mais compromisso com as propostas apresentadas nesse espaço mais amplo e representativo de debate.
O CONJUVE concentrou seu trabalho na elaboração de um novo referencial teórico e na produção de diagnósticos da realidade juvenil, entretanto, foi limitado na capacidade construir posicionamentos políticos mobilizadores da juventude na luta por seus direitos. O terceiro mandato do CONJUVE deve ser mais conectado com as demandas e lutas da juventude, com posicionamento crítico, propositivo e referendado por amplas parcelas da juventude que necessitam do Estado.
A Conferência Nacional de Juventude organizada pelo governo federal, realizada em 2008, também representou um importante avanço para a criação de espaços de participação política dos jovens e suas organizações. Embora tenha gerado condições de participação, na qual jovens de todo o país se mobilizaram para discutir e definir suas prioridades, também gerou frustração, já que poucas iniciativas por parte do Governo Federal foram tomadas na perspectiva de responder as demandas levantadas. Para além do aspecto sugestivo, é necessário que este mecanismo venha a ter caráter vinculativo, a exemplo das demais conferências como saúde, mulheres, direitos humanos, dentro outras, considerado enquanto síntese da opinião e da diversidade da juventude.
Até agora, não foi aprovado a PEC que inclui a terminologia juventude na Constituição Federal, iniciativa proposta pela Comissão Especial de Políticas de Juventude da Câmara Federal. Também ainda estão em tramitação o PL do Plano Nacional de Juventude e o Estatuto da Juventude.
Todos esses processos exigirão uma ampla capacidade de mobilização por parte dos diversos movimentos que lidam com a temática juvenil.
Um programa para a juventude brasileira
Apesar de entendermos a juventude como um segmento policlassista e diverso, a opção que a Juventude do PT deve fazer é pelo diálogo prioritário com as pautas dos segmentos vinculados à juventude da classe trabalhadora brasileira. Isso representa aqueles que dependem do seu trabalho e de sua família para sobreviver, bem como são também os que necessitam essencialmente de políticas públicas do estado brasileiro para que possam viver de forma digna e desfrutar plenamente dos bens culturais e materiais produzidos pelo conjunto da sociedade.
É necessário, ao pensar a juventude brasileira, entender que a maioria dos jovens são habitantes das periferias urbanas, majoritariamente negros e que sofrem por uma total ausência de acesso a direitos e a bens culturais. Muitos deles não conseguem ao menos se deslocar de seus bairros, vivenciando uma total exclusão territorial e simbólica. Os jovens negros, em particular, sofrem ainda mais com esta situação, sendo agravada com a violência urbana, que se caracteriza hoje como um verdadeiro genocídio da juventude negra.
Conseguir combinar políticas de educação e trabalho que tirem o jovem do ciclo vicioso de entrada precoce e precária no mercado de trabalho, sem ter a opção de concluir seus estudos, continua sendo um desafio central do governo federal se quiser de fato enfrentar o problema do empobrecimento e da falta de perspectiva que vive significativas parcelas da nossa juventude.
À necessidade de se rediscutir como e quando o jovem deve acessar o mercado de trabalho e condições de acesso à renda, soma-se o direito ao uso e gozo do seu tempo livre. Para tal, faz-se necessária a oferta de condições dignas de habitação, alimentação, mobilidade e acesso à educação, cultura, esporte e lazer.
A juventude do PT terá importante papel se no próximo período de estimular no conjunto do Partido, entre os movimentos sociais e principalmente na sociedade pautas que: (a)avancem no debate sobre a democratização e participação popular no Brasil, (b) estimulem políticas de desenvolvimento combinadas com uma forte ação de distribuição de renda e (c) ações que reforcem os valores socialistas e democráticos, pilares para uma disputa de hegemonia mais completa na nossa sociedade.
Se o PT e sua juventude conseguirem retomar parte dessa agenda somada as mudanças já promovidas pelas políticas do governo federal podemos reanimar importantes parcelas da juventude brasileira e dos movimentos sociais e contribuir para completarmos a tão necessária Revolução Democrática da qual o país precisa e o PT é importante protagonista.
Por uma Juventude do PT militante para eleger Dilma presidenta!
Como já afirmamos o futuro governo Dilma necessitará de mais apoio político e social, portanto, nossa campanha deverá ser marcada pela disputa ideológica e por uma forte mobilização e organização popular.
Esses elementos devem ser a marca da campanha organizada pela JPT, ou seja, nossa atuação deve combinar dois movimentos. Por um lado necessitamos incidir com força para que a juventude seja um tema que tenha centralidade no Programa de Governo, uma vez que ela tem um sentido estratégico no projeto de desenvolvimento do país. E por outro, devemos ser agentes da mobilização e organização dos jovens brasileiros. Trata-se da JPT e os movimentos nos quais atuamos saírem da campanha mais fortes, mais mobilizados e mais organizados do que entraram.
Por isso, defendemos dentro da DNJPT a convocação deste Encontro Nacional da Juventude do PT, preparatório para as eleições 2010, com o papel também de oxigenar as direções da JPT em todos os níveis.
A sua tarefa central é, além de definir as diretrizes políticas de nossa plataforma de governo para a juventude, dar um passo inicial na organização e mobilização da JPT para a campanha.
É preciso que a militância esteja munida de argumentos e seja capaz de debater e convencer a população da nossa plataforma política. Mais que isso, ela deve estar consciente dos desafios deste ano, saindo às ruas e mobilizando as pessoas de seu convívio para somarem-se nesta campanha tão decisiva para o futuro do Brasil.
Por isso, do ponto de vista da organização da campanha nacional, defendemos a existência de um Comitê Nacional de Juventude pró-Dilma, que reúna o conjunto das forças políticas que atuam na JPT, as principais lideranças dos movimentos sociais onde atuamos e as juventudes dos partidos aliados.
Este Comitê deverá contar com uma Coordenação que esteja presente no dia-a-dia da campanha geral e que tenha como tarefa incidir sobre o programa de governo, sobre a linha geral de campanha, inclusive nos programas de rádio e TV, realize o acompanhamento da campanha nos estados e estimule a realização de agendas de juventude, tais como dias nacionais de mobilização em torno de temas relacionados às nossas propostas, lançamentos regionais do programa de governo de juventude e atos de campanha.
O Comitê Nacional de Juventude pró-Dilma deve estar lastreado em comitês estaduais e principalmente em comitês locais e comandos setoriais de campanha.
Comitês de Juventude pró-Dilma espalhados por todo o Brasil
Defendemos uma campanha militante, ou seja, que ao mesmo tempo em que disputa o voto, disputa também valores e concepções de mundo e organiza milhões para a luta. Nesta perspectiva, nossa campanha deve ter como elemento central a organização dos Comitês de Juventude pró-Dilma nos bairros, cidades, escolas e universidades.
A estrutura inicial dos Comitês podem ser a da própria JPT, ou seja, as JPTs municipais ou núcleos, ampliados para os partidos aliados e para a militância dos movimentos juvenis. Além das ações típicas de campanha tais como panfletagens, bandeiraços e atos públicos, os comitês devem trazer elementos novos e criativos como atividades culturais e formativas, ou seja, é necessário, além das atividades de rua, reuniões e plenárias que discutam e ampliem a compreensão geral sobre nosso programa. Devemos criar um ambiente que conquiste o voto dos jovens e ao mesmo tempo conquiste a adesão para a militância política.
Além dos comitês, devemos estimular a constituição de Comandos Setoriais de campanha, como os Comandos de Estudantes, Jovens Negros e Jovens Mulheres pró-Dilma.
Eduardo Valdoski – Executiva Nacional da JPT (SP)
Carla Bezerra – Direção Nacional da JPT (DF)
Ana Carolina Silva – Direção Nacional da JPT (BA)
Ana Cristina Pimentel – Secretária Estadual da JPT/MG
Gabriel Magno – Secretário Estadual da JPT/DF
Edy César Jr. – Secretário Estadual da JPT/TO
Rosana Sousa Deus – Secretária Nacional de Juventude da CUT (SP)
Tiago Ventura – Vice-Presidente da UNE (PA)
Joanna Paroli – Executiva da UNE (BA)
Daniel Caldas Gaspar – Secretário Municipal da JPT/Rio de Janeiro e Diretor de RI da UNE
Fabíola Paulino – Diretora de Mulheres da UNE (MG)
Clédisson Jacaré Jr. – Diretor de Combate ao Racismo da UNE (MG)
Felipe Carvalho – Diretor de Políticas Educacionais da UNE (TO)
Samira Sanches – Secretária Municipal da JPT/Vitória (ES)
Rafael Dambroz – Secretário Municipal da JPT/Porto Alegre (RS)